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Doenças Sexualmente Transmissíveis

domingo, 27 de abril de 2008


Depois do aparecimento dos contraceptivos orais e da liberação dos costumes, houve um assustador aumento da incidência de doenças sexualmente transmissíveis. Este aumento ocorreu principalmente entre as décadas de 50 e 70 e, depois disso, se estabilizou. Nos anos 80 surgiu a Aids, estritamente ligada ao uso de drogas ilícitas injetáveis e à promiscuidade sexual. Desta forma, é muito importante conhecer e evitar as doenças que podem ser transmitidas por relações sexuais.


Gonorréia

É transmitida pelo contato sexual e pode atingir a vagina, o reto, a faringe, a uretra e os olhos. No caso da vagina, a infecção apresenta geralmente poucos sintomas e, portanto, o diagnóstico é feito observando os parceiros sexuais. No homem, a infecção é bastante dolorosa e com secreção uretral. É muito importante fazer o diagnóstico e o tratamento das gestantes, pois a doença pode provocar uma infecção gravíssima nos olhos dos recém-nascidos, a oftalmite gonocócica. A prevenção se faz com o uso de preservativos e consultas periódicas ao ginecologista. Sempre que houver contato não-protegido com parceiro suspeito, consulte seu médico.

Uretrite não-gonocócica
Doenças causadas habitualmente por dois agentes, clamídia e ureaplasma. Em mulheres, a infecção apresenta poucos sintomas (corrimento, dor durante a relação sexual, dor pélvica ou dor para urinar), ou até mesmo nenhum sintoma. Nos homens, os sintomas (geralmente leves) aparecem de 7 a 28 dias após o contato: secreção na uretra e dor para urinar, principalmente de manhã. A prevenção e o diagnóstico se fazem como na gonorréia.

Sífilis
É uma doença muito contagiosa, transmitida sexualmente pelo Treponema pallidum. Apresenta três fases. Na primária, há o aparecimento de uma lesão indolor chamada cancro, que desaparece após 4 a 8 semanas, mesmo sem tratamento (o que não significa que o paciente esteja curado). Na fase secundária, podem surgir lesões na pele, nos olhos, nos rins, no fígado, nas articulações e nas meninges, entre outros órgãos. Se a pessoa não se tratar, passa a uma fase latente, na qual os sintomas desaparecem, e que pode durar anos. Na fase terciária, há o aparecimento de seqüelas graves, principalmente no sistema nervoso central, no coração e nos vasos. O diagnóstico é feito com exame de sangue e deve ser feito rotineiramente, a fim de tratar a doença precocemente. O teste diagnóstico é obrigatório para gestantes. A prevenção é feita com o uso de preservativos, mas a doença pode ser transmitida pelo contato da região afetada com qualquer parte do corpo.

Tricomoníase

O Trichomonas vaginalis é um protozoário e pode causar doença no homem e na mulher. Nas mulheres, a tricomoníase se manifesta como um corrimento abundante, amarelo-esverdeado, espumoso e com irritação e dor na vulva e região próxima. Pode haver dor durante a relação sexual e dificuldade para urinar. Os homens geralmente não apresentam sintomas. O diagnóstico se faz pelo quadro clínico e por análise da secreção vaginal. Os preservativos são eficientes para a prevenção.

Herpes genital

É a infecção causada pelo vírus Herpes simplex, da mesma família do vírus da catapora, que é muito contagioso e se dissemina por contato sexual. A doença se manifesta como uma lesão dolorosa, avermelhada, que evolui como pequenas bolhas. As lesões surgem de 4 a 7 dias depois do contato. Há a tendência (80% dos casos) de as lesões reaparecerem em momentos de estresse, depressão ou de atividade sexual mais intensa. Não há tratamento. Durante o período de atividade da doença aconselha-se a abstinência sexual, uma vez que os preservativos não conferem boa proteção ao parceiro.

Papilomavírus
O papiloma vírus humano (HPV) está associado às verrugas genitais (condiloma acuminado) e ao câncer de colo de útero. As verrugas genitais são de diagnóstico relativamente fácil e devem ser tratadas pelo ginecologista. O uso de preservativos pode ajudar a prevenir a contaminação do parceiro.

Síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids)
É transmitida por relações sexuais, compartilhamento de seringas e transfusões de sangue. Atualmente os bancos de sangue mantêm bom controle dos pacientes, sendo que a Aids transmitida por esta via tem sido cada vez mais rara. A proporção de homossexuais masculinos era muito maior do que a dos os outros grupos atingidos pela doença em suas primeiras descrições, mas atualmente o número de homens e de mulheres que têm adquirido a síndrome é praticamente igual. Depois que o vírus entra na circulação, ele se desenvolve e se reproduz dentro de um tipo de célula de defesa, destruindo-a, o que faz com que o indivíduo tenha as chamadas doenças oportunistas. A prevenção é a melhor arma contra a doença: use sempre preservativos, não compartilhe seringas e não use drogas ilícitas injetáveis. Até o momento, não existe um tratamento definitivo contra a síndrome, mas a sobrevida dos portadores tem aumentado significantemente.
Existem outras doenças que podem ser transmitidas por meio de relações sexuais como, por exemplo, a hepatite B, o granuloma inguinal e o linfogranuloma venéreo. Não se esqueça de que o seu médico é a pessoa mais indicada para tirar suas dúvidas. Consulte-o sempre que necessário.

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