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Como o seu corpo utiliza o alimento?

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Tudo o que entra no seu estômago é misturado com as enzimas, substâncias químicas que quebram o alimento em seus componentes básicos. Esta mistura passa do estômago para os intestinos, onde os nutrientes são absolvidos pela corrente sangüínea. Os nutrientes são, então, transportados pelo seu corpo para as células onde serão utilizados ou armazenados. Os componentes dos alimentos que não são absorvidos serão excretados.
O trato digestivo
O estômago é um elemento essencial no sistema digestório, armazenando e ajudando a processar os alimentos que comemos.
O trato gastrointestinal
O trato gastrointestinal (digestório), que vai da boca ao ânus, é um tubo de aproximadamente sete metros de comprimento.
A boca e o estômago
A digestão se inicia assim que você começa a mastigar o alimento. A saliva, que é secretada por glândulas em sua boca, é misturada ao alimento enquanto você mastiga, para torná-lo mais fácil de ser engolido. A saliva contém a enzima amilase, que quebra os alimentos ricos em amido em açúcares básicos, que podem ser absorvidos pelo corpo. A amilase age somente em um ambiente alcalino.
Uma vez que a comida é engolida, ela passa pelo esôfago e vai até o estômago. Na entrada e na saída do estômago encontram-se anéis de músculo chamados esfíncters, que atuam como válvulas. Quando o alimento chega ao estômago, o esfíncter superior se abre para que o alimento possa entrar. O esfíncter superior então fecha, mantendo o alimento e os sucos digestivos no estômago. Se este esfíncter vaza, os sucos digestivos, incluindo os ácidos, são regurgitados em sua garganta. Quando isso acontece, você sente azia, pois o conteúdo ácido de seu estômago irrita o revestimento de seu esôfago.
Os sucos digestivos são adicionados aos alimentos através das glândulas na parede do estômago:- Estes sucos contêm substâncias químicas que transformam o alimento em uma forma utilizável. As proteases (enzima que processa as proteínas) e o ácido hidroclorídrico (que combate a maior parte das bactérias presentes nos alimentos e com a condição ácida na qual a protease trabalha) são duas destas substâncias. A única substância que não está sujeita a este processo digestivo é o álcool, que é absorvido pela corrente sangüínea diretamente do seu estômago.
O estômago age como um depósito. O alimento semilíquido permanece lá por 2 a 4 horas antes de ser liberado em pequenas quantidades ao intestino delgado.
O intestino delgado
Esta é a parte mais longa do trato gastrointestinal, tendo de 5 a 6 metros de comprimento. E chamado intestino delgado porque é estreito, com apenas 2-4 cm de diâmetro, comparado com o intestino grosso, que tem 6 centímetros de diâmetro. O intestino delgado consiste de três partes distintas. O duodeno está logo após o estômago e é a menor parte do intestino delgado. Ele é seguido pelo jejuno e íleo, ambos conectados ao intestino grosso.
O processo digestivo
O alimento deve ser processado para que o corpo absorva e utilize seus nutrientes. Ele passa através do corpo, e é transformado em seus componentes básicos por enzimas. O excesso não digerido é excretado.
Quando o alimento entra no duodeno, ele ainda está ácido devido aos sucos estomacais. Sucos digestivos alcalinos são agora adicionados para neutralizá-lo. Estes são produzidos em um órgão localizado abaixo do estômago chamado pâncreas e contém enzimas que continuam a digerir os alimentos. A bile também é adicionada à mistura. Este líquido aguado e verde, que é produzido pelo fígado e armazenado na vesícula biliar, ajuda a manter o material gorduroso na solução.
Vilos do intestino delgado  
A parede do intestino está coberta por milhões de projeções minúsculas chamadas vilos. Estes vilos fornecem a superfície através da qual os nutrientes podem ser absorvidos.
Quando os sucos digestivos terminarem de realizar o seu trabalho, os principais componentes dos alimentos terão sido processados em seus elementos básicos:
  • Proteínas em aminoácidos;
  • Carboidratos em glicose e outros açúcares simples;
  • Gordura em ácidos graxos e glicerol.
Um pouco mais adiante, no intestino delgado, no jejuno e íleo, os produtos finais da digestão são absorvidos através da parede intestinal pela corrente sangüínea. O alimento é passado ao longo do intestino por contrações dos músculos da parede intestinal, o que é chamado peristaltismo. A parede intestinal não é lisa, mas repleta de milhões de minúsculas protusões chamadas vilos. Com os vilos, os intestinos adquirem uma grande área pela qual o alimento é absorvido. Vitaminas solúveis em água e sais minerais também são absorvidas neste estágio da digestão.
A partir do momento em que os nutrientes são absorvidos, o restante do alimento não-digerido passa através de outro esfíncter para o intestino grosso. O seu corpo pode armazenar alguns nutrientes, como aqueles que fornecem energia e algumas vitaminas e sais minerais. Nutrientes em excesso, que não podem ser armazenados, são excretados nas fezes.
O intestino grosso
O intestino grosso consiste do cólon, reto e ânus e tem até um metro de comprimento. Ele reabsorve a água utilizada na digestão e elimina os alimentos e fibras não-digeridas. Uma vez que a água é reabsorvida no cólon, as fezes, mais secas e sólidas, passam através do reto pelos movimentos peristálticos e são finalmente expelidas através do ânus.
Quando as fezes chegam ao reto, elas produzem o desejo de defecar; devido ao reflexo das contrações do reto e do relaxamento do esfíncter anal. O esfíncter anal é composto de músculos circulares que controlam a abertura e o fechamento do ânus.
O alimento geralmente leva de 1 a 3 dias para chegar da boca ao ânus. Algumas pessoas defecam 2 ou 3 vezes ao dia, outras diariamente e algumas apenas a cada 2 ou 3 dias. Todos estes padrões são normais.
A importância das fibras
As fibras, ou polissacarídeos sem amido (PSA), são derivadas de material vegetal. As fibras não podem ser processadas por enzimas digestivas e passam, então, pelo seu trato gastrointestinal sem ser absorvidas. Na medida em que aumentam o volume da sua dieta, as fibras fazem com que você se sinta satisfeito e também regula os movimentos de seu intestino. Isto se dá através da retenção de água, o que aumenta o volume do conteúdo em seu estômago.
Se você tem uma dieta rica em fibras e toma bastante líquido, suas fezes serão volumosas. Como resultado, elas estimularão as paredes do seu intestino, aumentando o peristaltismo, e passarão com maior rapidez e facilidade. Isto previne a constipação, que afeta 10% a 12% da população. Este número aumenta para 20% a 30% nas pessoas com mais de 60 anos. A constipação da maioria das pessoas pode melhorar com o aumento da quantidade de fibras e líquidos da dieta. Os laxantes devem ser utilizados apenas sob supervisão médica, já que nem sempre são necessários, e o uso abusivo pode causar outros problemas, como a perda de elasticidade da musculatura do intestino.
Uma dieta rica em fibras também ajuda a prevenir uma doença comum chamada diverticulite. Os estágios iniciais dessa doença podem ser detectados em pelo menos 15% das pessoas com mais de 50 anos. A maioria das pessoas que sofre desta doença tem um histórico de constipação, que leva ao aumento de pressão sobre o cólon. O esforço para passar fezes duras pode esticar a parede do intestino grosso levando à formação de pequenas bolsas, chamadas divertículos, que são empurradas para fora da parede do intestino. A inflamação e o crescimento excessivo de bactérias nestas bolsas podem causar dor e diarréia. Uma dieta rica em fibras e com muito líquido pode aliviar os sintomas na maioria das pessoas, mas algumas delas precisam de tratamento com laxativos.
Câncer no intestino
A presença de fibras na dieta também é importante em relação ao câncer de intestino, o terceiro tipo mais comum de câncer. Se detectado logo no início, esse tipo de câncer tem boa chance de tratamento. Uma dieta pobre em fibras aumenta o risco de se desenvolver câncer de intestino. Sem fibras, o alimento não-absorvido leva mais tempo para passar através do intestino. Isto significa que o revestimento do intestino fica exposto aos componentes prejudiciais dos alimentos não-absorvidos por mais tempo.
História de caso: Diverticulite
Tom, um viúvo de 70 anos, sofria de diarréia intermitente e severas dores na parte inferior de seu abdômen há algumas semanas. Quando seu médico perguntou sobre seus hábitos intestinais, ficou claro que Tom sofria de constipação. O exame de fezes mostrou que Tom não tinha uma infecção. Uma enema com bário, que mostra o revestimento do intestino grosso, revelou que Tom estava sofrendo de diverticulite. Ele foi encaminhado a uma nutricionista. A nutricionista descobriu que a dieta de Tom não incluía muitas fibras e que ele ingeria pouco líquido. Ela o orientou sobre as maneiras de aumentar a quantidade de fibras em sua dieta, enquanto ainda podia apreciar seus alimentos favoritos. Ela também encorajou-o a aumentar a quantidade de líquidos ingerida. Seguindo estes conselhos, Tom conseguiu aliviar seus sintomas.
Dores abdominais
Tom estava sofrendo de diverticulite. Aumentando a quantidade de fibras e líquidos, ele conseguiu aliviar os sintomas da doença.
>> Pontos centrais
  • Os alimentos são transformados em seus elementos básicos por enzimas no estômago e intestino delgado.
  • Os nutrientes são absorvidos pela corrente sangüínea no intestino.
  • Alguns nutrientes são armazenados, outros excretados.
  • As fibras são essenciais para o movimento normal do intestino e têm um papel importante na digestão e absorção dos alimentos.
Fonte: Guia da Saúde Familiar - revista ISTOÉ
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